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Joinville avança na implementação do Método Wolbachia contra a Dengue

  • Foto: Prefeitura de Joinville / Divulgação -

Equipes municipais e especialistas intensificam preparativos para a liberação dos mosquitos com a bactéria Wolbachia

Desde dezembro de 2023, equipes da Prefeitura de Joinville, profissionais do World Mosquito Program (WMP), da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina e do Ministério da Saúde têm trabalhado em conjunto na implementação do Método Wolbachia na cidade. Em abril, os esforços entraram em uma etapa crucial: o Engajamento Comunitário, preparando o terreno para a próxima fase do projeto.

O Método Wolbachia, uma estratégia inovadora, consiste na introdução da bactéria Wolbachia nos mosquitos Aedes aegypti, transmissores de doenças como dengue, chikungunya e Zika. A bactéria não causa danos aos humanos, mas impede que o mosquito transmita essas doenças. Com essa técnica, cidades como Niterói viram uma queda significativa nos casos de dengue, e na Austrália, onde o método foi desenvolvido, houve uma redução impressionante de 96% nos casos de dengue.

Adriano Silva, prefeito de Joinville, enfatizou a importância do projeto para a cidade: "O Wolbachia é mais uma arma contra a Dengue, e a população deve continuar fazendo a sua parte, eliminando focos de água parada". A etapa atual envolve ações de divulgação e preparação da população, incluindo uma pesquisa que revelou que mais de 80% dos respondentes aprovam o uso do método na cidade.

Os trabalhos não se limitam apenas à conscientização. Uma biofábrica está em fase de instalação em Joinville, na desativada unidade de saúde do bairro Nova Brasília. Essa estrutura será a mais tecnológica do país e será responsável por produzir os mosquitos Wolbitos, que serão liberados para se reproduzir com os Aedes aegypti locais.

Gabriel Sylvestre, líder de operações da WMP Brasil, enfatizou a importância do envolvimento da comunidade: "O método Wolbachia leva saúde para a população, então a população já é parte natural do processo". Ele destacou a importância das atividades de engajamento comunitário e comunicação para garantir que a população compreenda o funcionamento e os benefícios do método.

Os bairros selecionados para a liberação dos mosquitos foram escolhidos com base em critérios como número de focos e casos confirmados de dengue, abrangendo cerca de 60% da população de Joinville. São eles: Aventureiro, Boa Vista, Bom Retiro, Comasa, Costa e Silva, Espinheiros, Fátima, Floresta, Guanabara, Iririú, Itaum, João Costa, Morro do Meio, Paranaguamirim, Petrópolis, Ulysses Guimarães e Vila Nova.

A próxima fase do projeto, a liberação dos mosquitos Wolbitos, está prevista para ocorrer em julho. Os resultados serão monitorados ao longo de aproximadamente um ano, fornecendo dados valiosos sobre a eficácia do Método Wolbachia na redução da transmissão de doenças transmitidas por mosquitos.


Sobre o método Wolbachia

Além de Joinville, outras cinco cidades estão recebendo o método nesta fase: Londrina e Foz do Iguaçu (PR); Uberlândia (MG); Presidente Prudente (SP) e Natal (RN). Em etapas anteriores, a tecnologia já foi aplicada nas cidades do Rio de Janeiro e Niterói (RJ), Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE).

Este método de controle das arboviroses foi desenvolvido pelo World Mosquito Program (WMP), na Austrália, e atualmente está presente em mais de 20 cidades de 14 países. Além disso, os dados de monitoramento revelam que os Wolbitos estão se estabelecendo em níveis muito bons nos territórios.

O Wolbachia é uma medida complementar. A população deve continuar a fazer todas as ações para o controle da dengue, Zika e chikungunya. Para obter mais informações sobre o Método, basta acessar o site wmpbrasil.org e conferir as redes sociais do programa (@wmpbrasil) e da Prefeitura de Joinville.

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